É possível fazer seguro de vida para doentes? Saiba aqui
Um seguro de vida é uma ótima solução para trazer maior proteção financeira diante de problemas de saúde. Mas o que acontece quando a pessoa tem uma doença preexistente? Pode-se fazer um seguro de vida para doentes?
Na contramão dos seguros de veículos, os seguros de pessoas continuaram crescendo durante a pandemia. De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), nos últimos anos o segmento tem crescido na casa de dois dígitos.
Esse aumento na procura pelo serviço tem levado a mais dúvidas sobre o assunto, como se é possível fazer fazer seguro de vida para doentes ou se é permitida alguma doença preexistente em seguro de vida. Além disso, é preciso declarar condições como diabetes ou hipertensão? E se a pessoa tiver câncer, ela poderá deixar um legado à família dela?
A seguir, vamos esclarecer esse tema importante. Acompanhe!
É possível fazer seguro de vida para doentes?
Se esta é uma preocupação sua, pode tranquilizar-se. Não há qualquer impedimento legal a uma pessoa doente fazer seguro de vida. No entanto, podem ocorrer duas situações a partir disso:
- Dependendo da seguradora, esta pode recusar um interessado no seguro com base no perfil de saúde dele, ou recomendar um plano específico para alguém que tenha câncer ou outra doença.
- Caso o segurado aja de má-fé na assinatura do contrato, omitindo a declaração de uma doença preexistente, a seguradora pode negar o pagamento da indenização do seguro.
Há outro detalhe fundamental para compreender melhor essa questão, na própria definição de doença preexistente em seguro de vida. Neste caso, ela se refere a uma condição de saúde que seja de prévio conhecimento do segurado.
Por que isso importa? Porque muitas enfermidades podem passar anos sem manifestar quaisquer sintomas. Um exemplo notório disso é o câncer de próstata: dados do Instituto Nacional de Câncer mostram que a doença pode ser identificada em 30% dos exames pós-morte em homens com mais de 50 anos. Ou seja, muitos homens morrem por outras causas ou mesmo pelo câncer de próstata sem sequer saber que o tinham dentro de si.
Se a pessoa não manifesta qualquer sintoma ou se ela não tem um diagnóstico preciso apontando para a existência de qualquer doença, o desconhecimento da condição não pode ser considerado como má-fé. Desse modo, a seguradora tem a obrigação de honrar com o pagamento da indenização do seguro, conforme o contrato firmado entre as partes.
Mas ainda precisamos esclarecer um ponto anterior: a seguradora pode recusar uma pessoa doente de fazer seguro de vida?
Entendendo a análise de risco do seguro
Digamos que o interessado tenha conhecimento de fato de uma doença preexistente ao buscar o seguro de vida. Como explicamos acima, isso não é motivo para a exclusão automática da possibilidade de ele fazer uma apólice. A aceitação ou negação do interessado é baseada na análise individual da seguradora.
Por isso, precisamos comentar sobre como funciona a contratação do seguro de vida. E uma etapa essencial no processo é a análise de risco.
Para contratar o serviço, o interessado deverá informar alguns dados pessoais e seu estado de saúde. Nisso entra a Declaração Pessoal de Saúde (DPS), basicamente um questionário sobre os hábitos do indivíduo e possíveis problemas que ele tenha. Caso haja alguma doença preexistente, a seguradora poderá solicitar um maior detalhamento da situação por meio de exames e laudos médicos.
Então, do cruzamento do perfil e estilo de vida da pessoa com a avaliação mais detalhada da doença preexistente será feita a análise de risco. Como as seguradoras são responsáveis por pagar a indenização em caso de sinistro com o segurado, elas utilizam esse processo para evitar fraudes ou prejuízos financeiros nos contratos.
Acontece que, mesmo diante de uma doença preexistente, a seguradora pode entender que o risco do interessado é aceitável. A doença pode estar sob controle ou ter baixa letalidade, o indivíduo pode ter um estilo de vida saudável, pode ter uma grande expectativa de vida pela frente ou outros fatores que atenuem a situação. Nesse caso, a empresa pode dar prosseguimento na contratação do seguro de vida para o doente ou recomendar um plano específico para a condição da pessoa.
Contudo, se a seguradora entender que o risco do segurado é alto demais, seja pela letalidade, seja pelo estágio da doença, ela pode recusar o pedido de contratação. De todo modo, a resposta é rápida. O prazo é de até 15 dias para efetuar a análise de risco, mas, na média, leva de dois a cinco dias.
Qual é a postura da seguradora diante de doenças preexistentes não declaradas?
Agora vamos supor o contrário: o segurado tinha conhecimento de uma doença grave na contratação, porém não a informou na DPS. O que acontece se ele vier a falecer?
Se a seguradora tiver razão para acreditar que o titular agiu de má-fé, tendo sido instruído sobre a necessidade de informar a condição preexistente, ela deverá provar a deliberada omissão do segurado. Para isso, poderá reunir testemunhos, histórico médico do falecido e provas técnicas de especialistas para comprovar tal omissão.
Havendo má-fé, a indenização será negada aos beneficiários.
Vantagens do seguro de vida para doentes
Como se vê, é possível sim fazer um seguro de vida para doentes. Além disso, prestar informações completas e verdadeiras é o melhor caminho para encontrar uma solução mais adequada ao seu perfil.
Ainda podemos destacar alguns benefícios de contratar esse seguro:
- Deixe um legado para sua família: especialmente se você é o principal responsável pelo sustento de cônjuge e filhos, deve preocupar-se com o futuro deles. O seguro de vida oferece, então, uma garantia de renda para que eles não passem necessidade financeira e possam seguir em frente. A liberação do valor ocorre em até 30 dias após a entrega dos documentos pela família.
- Cubra os gastos com funeral: no momento mais difícil para as pessoas que você ama, que tal poupá-las da preocupação financeira com o funeral? Também existem coberturas para essa hora, pelas quais a família pode pedir reembolso à seguradora pelas despesas funerárias, até o limite de valor estabelecido em contrato, ou a própria seguradora contratará o serviço de uma empresa parceira.
- Aproveite as coberturas para uso em vida: além do resgate em caso de falecimento, outras coberturas adicionais podem cobrir situações de invalidez, diárias de incapacidade temporária, despesas médico-hospitalares, entre outras.
- Tenha descontos em medicamentos: algumas seguradoras oferecem vantagens extras na contratação de seguros, como descontos em remédios nas farmácias parceiras. Se você já tem um gasto recorrente nesse aspecto, pode economizar em cuidados com a saúde.
- Acesse uma rede de serviços: ainda é possível ter facilidade para recorrer a outros serviços úteis no seguro de vida para doentes, como os de assistente nutricional, diarista, chaveiro, eletricista etc.
Quer saber mais sobre a contratação de um seguro de vida? Fale com a Torus. Temos uma equipe de especialistas no assunto, prontos para tirar todas as suas dúvidas e ajudar você na escolha da melhor solução para o seu futuro e o da sua família.