Seguro saúde x plano de saúde: você sabe as diferenças?
Mas esses nomes parecidos podem enganar. Na verdade, há diferenças importantes entre eles, embora os dois sejam regulamentados pela mesma Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Você sabe, então, o que é seguro saúde, como funciona e no que ele difere do plano de saúde? Aproveite a explicação adiante para descobrir e ainda saiba quando um ou outro serviço é mais indicado.
O que é e como funciona o seguro saúde?
O seguro saúde, por ser a opção menos conhecida pelo público, merece uma definição mais aprofundada, portanto vamos começar por ele.
Assim como as coberturas de seguro de vida para uso em vida, o seguro saúde paga uma indenização financeira caso o segurado tenha alguma questão de saúde abrangida pelo contrato.
Mais especificamente, ele oferece um reembolso (em proporção variável, a depender do seguro contratado) das despesas de consulta, internação, laboratório e até de cirurgias.
Reembolso é a palavra-chave para entender como funciona o seguro saúde. Ou seja, o segurado deve arcar com as despesas médicas em um primeiro momento, para então dar entrada no pedido de resgate do seguro e ser ressarcido.
Se por um lado o seguro saúde demanda essa reserva financeira para cobrir os gastos iniciais, por outro ele traz grandes vantagens em relação ao plano de saúde.
Em primeiro lugar, você fica livre para escolher médicos, clínicas, hospitais e laboratórios que forem mais convenientes para você no momento em que precisar de assistência de saúde, com cobertura em todo o território nacional.
Não é preciso limitar-se aos profissionais e estabelecimentos credenciados em qualquer serviço.
O segundo ponto é que o prêmio do seguro (ou mensalidade) costuma ter um custo menor que o do plano de saúde. É claro, esse valor depende da extensão da cobertura do seguro saúde, do percentual que será reembolsado, entre outros fatores.
Entretanto, é importante observar uma semelhança nos dois serviços: ambos contam com um período de carência.
Isto é, ao contratá-los, será preciso esperar um tempo mínimo para poder usá-los de fato, prazo esse que varia conforme a seguradora ou o plano escolhido.
Plano de saúde: um conhecido dos brasileiros
O plano de saúde, por sua vez, dispensa maiores apresentações.
Afinal, quase 47 milhões de brasileiros são cobertos pelo serviço — ou cerca de um quarto da população brasileira — nas suas mais variadas modalidades: individual, coletivo, familiar ou empresarial. Mesmo assim, é válido destacar alguns fatores sobre ele.
Quando necessário utilizar um plano de saúde, diferentemente do seguro saúde, não é preciso ter uma reserva financeira.
O pagamento por uma consulta, por exemplo, neste caso está incluso na mensalidade do serviço ou será cobrada uma taxa posterior de coparticipação ao plano.
Por isso, é muito importante verificar os valores de coparticipação ao contratar um plano de saúde para não ter surpresas no orçamento depois, se o contrato funcionar por meio dessa modalidade de cobrança.
Outro ponto fundamental a considerar na contratação do plano de saúde é a rede de profissionais e estabelecimentos credenciados. Nem sempre o médico de confiança ou aquela clínica ou laboratório mais perto de você terá convênio com o plano contratado.
Por fim, a cobertura desse serviço também merece atenção. Caso você tenha um problema de saúde que não esteja coberto pelo plano de saúde, terá de arcar integralmente com as despesas relacionadas, além da mensalidade já paga à operadora.
Para compensar isso, existem coberturas diferenciadas e mais caras, como a hospitalar com obstetrícia, que garante internação sem limite de prazo e atendimento pré-natal, no parto e ao recém-nascido.
Entenda as diferenças entre seguro saúde e plano de saúde
Tendo mais claro o que é seguro saúde e como funciona, podemos traçar as principais diferenças entre ele e o plano de saúde.
Pagamento pela assistência médica
No caso do seguro saúde, o segurado paga pela assistência, depois é reembolsado pela seguradora segundo as condições estabelecidas em contrato.
Já no plano de saúde alguns serviços podem estar inclusos na mensalidade da prestadora, ou há uma taxa de coparticipação, menor que o custo do serviço em si.
Liberdade de escolha
O seguro saúde tem validade em todo o território nacional e não restringe quais profissionais ou estabelecimentos o segurado pode procurar durante um problema de saúde.
Se, por exemplo, o médico de confiança da sua família descredenciar-se de um plano de saúde e você precisar consultá-lo, isso não afetará sua possibilidade de procurá-lo.
Por outro lado, no plano de saúde o indivíduo fica restrito a médicos e estabelecimentos credenciados. Isso pode, inclusive, limitar a cobertura a regiões específicas em que o serviço atue.
No entanto, caso você e sua família mudem para uma região não coberta pelo seu atual plano de saúde, poderá solicitar a portabilidade para outra prestadora.
Pode ainda fazê-lo se encontrar outra prestadora mais completa ou mais vantajosa na sua própria região.
Para fazer isso, a ANS determina que tenha no mínimo dois anos de participação no seu plano atual. Então, feita a troca, não terá período de carência no novo plano.
Peso no orçamento familiar
Se você está preocupado com o impacto desses serviços nas finanças da família, saiba que, como todo seguro de vida, o seguro saúde costuma ser bastante acessível financeiramente.
Mais que o plano de saúde. E você pode ajustá-lo às suas necessidades, aumentando a cobertura ou o percentual de reembolso assumido pela seguradora, para criar uma solução ideal.
Quando um plano de saúde é melhor?
Se depende mais regularmente de consultas e exames, ter um plano de saúde pode compensar mais, dados os abatimentos nos valores desses serviços. Vale destacar ainda que não é preciso desembolsar os custos do atendimento no ato.
Se você encontrar uma operadora com uma ampla rede credenciada na sua região, com vantagens para seu perfil, e estar disponível para enfrentar alguma burocracia caso seja necessário fazer a portabilidade, o plano de saúde é uma solução viável.
E quando um seguro saúde é mais indicado?
Do ponto de vista financeiro, se você costuma ter uma reserva para situações de emergência, não costuma utilizar muitos serviços de saúde ao longo do ano e gostaria de ter uma opção mais econômica, o seguro saúde vale ser considerado.
Além disso, podemos analisar sob a perspectiva da liberdade de escolha. Se você viaja bastante pelo país, deseja poder ir ao estabelecimento mais conveniente ou não quer basear a escolha do profissional no fato de ele ser credenciado ou não a um plano de saúde, aproveitará mais as condições de um seguro saúde.
Agora quer ver ainda mais opções de seguros para cuidar da sua saúde e da sua família? Conheça as coberturas para uso em vida e traga essa tranquilidade para o seu dia a dia.